quarta-feira, 16 de junho de 2021

PRAIA DE BARREIRAS

 



DA OBRA: UM RIO GRANDE E MACAU DE GETÚLIO MOURA, EDITADO EM 2005, PÁGINAS 388 A 392.

O nome antigo de Barreiras era Olho D’água ou  Mãe D’água, quando uma pequena população habitava as ilhas do Tubarãozinho e do Tubarão Grande. No início do século 20, o lugar era chamado de Barreiras D’água. Algumas décadas depois, o nome foi reduzido para Barreiras, quando outro povoado também chamado Barreiras passou a ser conhecido como Porto do Carão.

O dono das ilhas do Tubarão Grande e do Tubarãozinho, em 1787, era o português Tomáz Rodrigues. Depois essa região foi herdade por Francisca Rosada Fonseca, que vendeu em 1797, inclusive as ilhas de Manoel Gonçalves e “Macao”, para o coronel Bento José da Costa, um rico comerciante da Vila de Recife.

Deu-se um fato que quase virou lenda, esquecido no tempo, mas resgatado pelo professor Bibi Honório, da história de um navio português que encalhou na barra do Tubarão, em 1818, em frente ao Morro Vermelho “e mais de um século depois (1932), ainda havia seu arcabouço na ilha desaparecida…” O navio era comandado por Francisco Martins e seus filhos Manuel, Luiz e Cassiano Martins da Silva. Ali eles construíram a nova morada. Aquele local hoje é conhecido como Chico Martins, extensão do Morro Vermelho. Nos mapas do Brasil dos séculos 17 e 18, acidentes geográficos como este eram identificados como “Barreiras Vermelhas”, genericamente, em vários pontos da costa brasileira.

Francisco Ferreira Martins da Silva e Florinda Miranda Martins. Francisco Ferreira Martins da Silva, oriundo de Portugal, aportou por casualidade encalhando a escuna “Santa Maria” na ilha do Tubarão, em frente ao Morro Vermelho, hoje Chico Martins. Ao norte tinha Manoel Gonçalves para onde ele se dirigiu nos escaleres da referida nau e ali se encontrou com seus irmãos João Ferreira Martins e Manoel Martins que habitavam a citada ilha. Foi festa durante dois dias e Francisco regressou  ao terceiro dia ao local que o barco encalhou, não conseguindo retirar do encalhe. Nos mesmos escaleres dirigiu-se ao local – Morro Vermelho – e  tratou de construir uma casa, fixando residência. Informa de que existiu no povoado de Mangue Seco, espanhóis e portugueses, dirigiu-se  até ali, fez amizade e passou cerca de 8 dias. Nesta estadia, observou que…” Aqui a história é interrompida num fragmento de papel, o segundo manuscrito deixado pelo professor Bibi Honório. O primeiro está com Ribinha, em Barreiras, e este acima foi transcrito do original, guardado por Joana D’arc, filha de Bibi, residente em Natal. [continua]

FONTE – BAÚ DE MACAU

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